Conheça a pioneira da arte abstrata Hilma af Klint, uma artista que estava à frente de sua época e que tinha uma forte relação com o misticismo e espiritualidade.
A arte abstrata ganhou destaque no século 20 e ainda tem uma vasta legião de admiradores. A representação subjetiva e fora dos padrões destaca o espírito criativo e provocador de seus autores. Você já deve ter visto por aí obras famosas de Kandinsky e Mondrian.
Mas, antes mesmo de tais artistas criarem obras tão distintas, já havia uma mulher que se dedicava a tal arte. É Hilma af Klint. Pouco se sabia sobre a artista até alguns anos atrás, mas agora está tomando seu destaque merecido.
Neste texto falaremos sobre sua jornada e suas obras de tirar o fôlego. Acompanhe a leitura.
Nascida em 1862 na Suécia, Hilma era de família abastada e de tradição militar. Possuiu vasto acesso aos estudos e sempre se interessou por diversas áreas do conhecimento, desde a matemática até a espiritualidade. Em 1882, ingressou na Academia de Belas Artes de Estocolmo, uma das poucas onde mulheres poderiam estudar.
Um pouco antes de ingressar na Academia, Hilma perdeu sua irmã Hermina. A partir de tal fato, a artista começou a aprofundar-se nos estudos e pesquisas sobre o mundo espiritual. Ingressou em grupos espíritas, mas logo partiu para outros caminhos. Foi membro da Ordem Rosacruz, da Sociedade Teosófica e posteriormente da Sociedade Antroposófica.
Mas foi no grupo denominado “As cinco”, que Hilma começou a externar suas percepções do mundo espiritual em suas obras. A partir de um contato com um “ser superior”, a artista recebeu uma encomenda especial, que resultou em 193 quadros, denominado como “As Pinturas do Templo”. Depois, já mergulhada nos estudos antroposóficos, criou sua forma exclusiva de pintar e retratar aquilo que era invisível.
As principais características de suas pinturas são o uso de letras, cores pastel, linhas, espirais e formas geométricas. Elementos como conchas, serpentes, lírios, a rosa-cruz e cisnes também aparecem diversas vezes.
Nas cores, mostrava a dualidade entre o masculino (amarelo) e o feminino (azul); o macro e o microcosmos; a luz e as trevas; a origem e o fim do mundo.
Hilma exibiu poucas vezes suas obras e, na maioria dos casos, em convenções espirituais.
Quando morreu, aos 81 anos, em 1944, ela estipulou em seu testamento que sua obra – 1.200 pinturas, 100 textos e 26.000 páginas de notas – só deveria ser exibida 20 anos após sua morte. Ela acreditava que todo seu trabalho seria incompreendido na época.
Após o tempo estipulado em testamento, seus sobrinhos começaram a pesquisar e catalogar a vasta coleção. Em 1972, abriram uma fundação e conseguiram apoio para organizar seu legado.
Em 1986, algumas de suas obras foram expostas pela primeira vez em Los Angeles. Mas foi a partir de 2013 em uma exposição em Estocolmo que sua obra começa a ganhar reconhecimento internacional. Entre 2018 e 2019, a exposição “Hilma Af Klint: Paintings for the Future” tornou-se a mais visitada da história do Museu Guggenheim, em Nova York, com mais de 600 mil visitantes.
Conheça as principais obras da artista sueca.
Ao longo de dez telas, Hilma pretende explorar o ciclo da vida humana, desde a infância até a velhice. formas rodopiantes em tons pastel suaves interagem ritmicamente com letras cursivas.
São o cerne da série “As pinturas do Templo”, seu principal trabalho. Composto por três obras que representam a evolução espiritual, em que uma demonstra a ascensão do mundo material à unidade; outro, a descida da unidade divina à diversidade do plano material; por fim, uma estrela dentro de um grande círculo, um símbolo esotérico do universo.
Na série “A Árvore do Conhecimento”, Hilma af Klint mapeia os diferentes planos espirituais para retratar a existência e a conexão entre a terra e o divino.
Baseado em símbolos cristãos como a pomba e a cruz, e em alegorias místicas como a história de São Jorge e o Dragão, a artista retrata a criação da matéria a partir da luz.
Uma série de obras que também representam a criação do mundo material e as dualidades intrínsecas da vida. Estão cheias de espirais de energia e faíscas de criação, de símbolos de fertilidade e renascimento.
Hilma af Klint foi uma artista que se permitiu ter uma visão mais ampla da vida e que quis abrir novas formas de olhar a realidade. Suas imagens alcançam o imaginário simbólico e transcendente, permitindo um diálogo puro e profundo com os arquétipos da alma humana.
Com a descoberta pelo público em geral, cada vez mais pessoas estão buscando por ter quadros da Hilma af Klint na decoração de suas casas. Criativos, abstratos e repletos de significados, as obras de Hilma são excelentes tanto para ambientes como salas, quartos ou escritórios.
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Além disso, também é possível escolher o tipo de moldura (premium ou filete) e cor dela, que varia entre Preto, Branco, Crua (madeira clara) e Tabaco (madeira escura). Você também tem a opção de comprar apenas a impressão em papel fotográfico ou a placa decorativa.